Feijoada, típico da culinária Portuguesa e Brasileira

O nascimento da feijoada em Portugal
Então é assim: reza a história que em tempos idos, no norte de Portugal, a fome batia a muitas portas e houve necessidade de começar a aproveitar os restos do porco: o rabo, o focinho, as orelhas, as patas... e o que havia mais disponível? O feijão! Então, entre necessidade e magia de cozinha, juntam-se estes ingredientes num refogado e deixa-se cozinhar lentamente, ativando de vez em quando o madeiro que tendia a apagar-se... Resultado: foi o princípio da feijoada!
Claro que o ser humano gosta de partilhar! E entre conversas e desafios, a moda foi pegando. Como em cada conto se acrescenta um ponto, a feijoada também foi sendo acrescentada e adaptada com o que havia em cada região. Numas, Minho e Douro Litoral, no norte de Portugal, usava-se o feijão branco. Na feijoada à transmontana acrescentou-se o repolho, o tomate e a cenoura, substituiu-se o feijão branco pelo vermelho. E em cada região de Portugal altera-se alguma coisa. Numas zonas mais enchidos, noutras menos legumes. O acompanhamento é quase que obrigatório e igual em todo o país: arroz branco.
A feijoada chega ao Brasil
No Brasil, desde há muito tempo que o feijão preto era usado como alimento. Quando a feijoada chegou às terras Brasileiras, como é seu costume, adaptou-se e começou a ser cozinhada com feijão preto. Adaptaram-se os legumes e até se introduziu a laranja, numa visita dos reis da Bélgica ao Brasil em 1929. Esta seria servida como sobremesa, mas os reis usaram como acompanhamento e a tradição ficou. O acompanhamento neste país varia também de acordo com a tradição e a disponibilidade. Embora o arroz branco, tal como em Portugal, seja o mais comum, a realidade é que a farofa também acompanha esta iguaria. Neste país as carnes usadas não são apenas de porco. A de boi é também introduzida e usam-se as carnes frescas e salgadas. É ainda costume introduzir as linguiças e os chouriços de sangue.As adaptações modernas
Hoje, em nossas casas, mantemos a tradição tão típica da feijoada: a sua capacidade de adaptação. É daqui que nascem as grandes variedades de receitas que polvilham as nossas pesquisas. Substituem-se as carnes por mariscos e temos feijoada de marisco. Se ousarmos retirar a carne e colocar uns cubos de tofu e umas rodelas de chouriço vegetariano, aguarda-nos uma refeição vegetariana.
Quanto à introdução ou não de novos legumes, bom, muitas vezes depende da arte de quem cozinha. Mas a realidade é que a capacidade de adaptação deste prato passa fronteiras e adquire outros nomes, tais como cachupa em Cabo Verde, onde se juntam milhos e peixe, a feijoada de Moçambique, com galinha e camarão é única e permite inventar e inovar.
Uma dica final
Qualquer que seja a alteração, o arroz branco como acompanhamento é a combinação ideal para o nosso organismo, pois este absorve os gases libertados pelo feijão, tornando a digestão mais agradável.Comentários
MUITO INTERESSANTE A MATÉRIA.
MINHA MÃE FAZIA E CHAMAVA O PRATO DE COZIDO.
VOU FAZE-LO E SE POSSÍVEL ENVIAREI O RESULTADO.
UM ABRAÇO!