Bacalhau: O Rei da Consoada!

Era uma vez, nos imensos mares do norte, um povo chamado Vikings. Nas suas longas viagens marítimas começaram a pescar uma espécie de peixe muito abundante nos mares que navegavam. O peixe era secado ao ar livre até endurecer. Quando endurecido, cortavam o peixe aos pedaços para ser consumido e vendido. Os Vikings foram, portanto, os pioneiros na descoberta da espécie e na comercialização desta.

Em Portugal, com a instalação do calendário cristão na Idade Média, pela igreja católica, o povo era obrigado a dias de jejum de carnes, o equivalente a 132 dias por ano. Esta medida contribuiu em muito para o aumento do consumo de peixe. O bacalhau, abundante e por isso barato, era o mais consumido.

Com as Guerras Mundiais, os alimentos escassearam e os preços destes aumentaram. O bacalhau não ficou de fora desta medida, sendo apenas consumido pelos ricos. Mas, pelo Natal, os mais desmunidos queriam comer alguma coisa mais consistente, que não tinham no resto dos dias. Data especial, prato especial! Oras, o bacalhau foi escolhido como prato principal para a Ceia de Natal. Tornou-se então tradicional comer bacalhau nesta época do ano.

No século XIX, o bacalhau passa a ser presença obrigatória nos livros de receitas. Sendo sempre acompanhado por batatas e azeite.


Curiosidades: Bacalhau não é o nome do peixe, é o método de secagem e conservação do peixe no sal.

Tipos de peixe: Gadus Morhua (Atlântico Norte - Canadá, Noruega), Gadus Macrocéphalus (Pacífico Norte - Alaska), Pirarucu (Rio Amazonas), Ling, Zarbo, Saithe, Beijupirá.