«No entrudo come-se tudo» dizia-se antigamente, isto porque era preciso comer muito e bem gordo para nutrir o corpo na festa que se avizinhava. As pessoas precisavam de força para dançar, brincar, puxar as carroças hoje carros alegóricos, para tocar música, levar os cabeçudos e outras tantas coisas, é que neste ambiente festivo que precede a quaresma tudo era permitido, até se dizia e diz «É Carnaval, ninguém leva a mal».
A feijoada era o prato predileto dos Portugueses para ficarem bem saciados e com força. Cada região acrescentou um pouco do seu, como por exemplo em Tràs-os-Montes, que é enriquecida com fumeiro da região, ou ainda na Beira Litoral, onde juntam orelheira com nabos, e nos Açores acrescentam ramos de funcho. O que não pode faltar a este prato bem consistente é o arroz, no forno, branco ou como quiser. E olhe, não se surpreenda, mas ao que parece a feijoada é melhor no dia seguinte, reaquecida.
Pode também optar por um caldo verde ou uma sopa de pedra. O cozido à Portuguesa também é bem vindo. E para sobremesa, boleimas, borrachões, broinhas de abóbora, malassadas, nogados, pasteis de grão ou azevias e sericaia.
Assim que tiver a barriga bem cheia, vá fazer a festa com o Entrudo Chocalheiro / Festa dos Caretos em Macedo de Cavaleiros, ou vá até Lamego festejar o Entrudo dos Compadres. Ou em Ponte da Barca, o Entrudo do Pai Velho. Nos Açores e na Madeira, a tradição do Entrudo é também ela ancestral e muito festiva. Mas não importa onde esteja, qualquer cidade em Portugal fará um desfile, uma festa, uma tradição para celebrar este/s dia/s tão populares.
Coma muito e faça bem a festa para perder tudo mas sobretudo, DIVIRTA-SE e não se esqueça da máscara.
Bom Carnaval/Entrudo