Não cometa estes 9 erros (muito) comuns ao preparar o molho chimichurri

Há poucos molhos com tanta personalidade quanto o chimichurri. Bastam alguns ingredientes humildes - salsa, alho, óleo, vinagre e orégano - para criar um molho vibrante e inconfundível. Essa mistura de origem argentina atravessou fronteiras e hoje veste carnes do outro lado do mundo. Mas essa popularidade tem um preço: quanto mais ela se espalha, mais sua receita tradicional se torna obscura. Como tudo que parece simples, o chimichurri tem suas regras não escritas. Não se trata de seguir uma fórmula rígida: cada casa tem a sua. Mas mesmo a versão mais livre preza por uma certa lógica culinária, uma harmonia entre rusticidade e equilíbrio. É por isso que vale a pena dar uma olhada mais de perto nos erros mais comuns, aqueles que, sem parecerem sérios, perturbam o conjunto e prejudicam sua autenticidade.
1. Use salsinha seca (ou pior, salsinha em pó).
Vamos começar com o básico: o chimichurri é feito com salsa fresca. E fresco não significa aquele ramo murcho esquecido no fundo da gaveta de legumes. Estamos falando de folhas firmes, verdes e planas - nunca encaracoladas -, bem lavadas e secas com cuidado. As secas simplesmente não são boas: têm uma textura terrosa e um sabor sem graça.
2. Exagerar no vinagre como se fosse um picles
A acidez é essencial, mas não deve ser imposta. Um dos erros mais comuns é desequilibrar o molho com muito vinagre. O resultado: uma mistura pungente que vai acabar com tudo. A proporção razoável: três partes de óleo para uma parte de vinagre. E mesmo assim, é uma boa ideia provar e ajustar no final.
3. Acrescente cebola, coentro ou páprica doce e continue a chamá-lo de chimichurri.
Sim, o cozimento permite a obtenção de licenças. Mas nem toda invenção é uma melhoria. Acrescentar cebola crua (muito invasiva), coentro (mais parecido com um mojo verde) ou páprica doce (que turva a cor e o perfil) muda radicalmente o caráter do chimichurri. Ele se transforma em outra coisa. E isso é bom. Mas vamos chamá-lo por outro nome.
4. Não deixá-lo parado (e fingir que funciona)
O chimichurri é um molho de descanso, não de imediatismo. Ele precisa de horas para que os sabores se misturem e amadureçam. O alho cru, o vinagre, as ervas... todos eles precisam de tempo para "conversar" entre si. Prepará-lo na hora de assar é como servir uma infusão sem deixá-la descansar: os ingredientes não tiveram tempo de macerar ou se harmonizar.
5. Não remova o germe do alho
Um pequeno gesto que faz toda a diferença. Aquele pequeno broto central no alho (especialmente se já tiver começado a brotar) acrescenta amargor e pode ser indigesto. Removê-lo antes de cortar o alho é uma precaução simples que seu estômago e o de seus convidados apreciarão.
6. Escolha de um óleo com muita personalidade
O azeite de oliva extra virgem é nobre, sim, mas, nesse caso, é melhor usar um azeite suave, até mesmo neutro. Se você usar um arbequina muito verde ou um picual robusto, ele pode ofuscar completamente o resto.
7. Pique no liquidificador ou processador de alimentos (até obter um purê).
Há uma textura ideal para o chimichurri: irregular, mas bem ligada. As folhas devem ser picadas finamente, não misturadas. O uso de um processador de alimentos tende a produzir um resultado pastoso e opaco. É melhor usar uma faca e paciência, como manda a tradição.
8. Não prove antes de servir
Tão óbvio quanto essencial. Não importa quantas vezes você já tenha feito isso: cada vinagre é diferente, cada alho tem sua própria força. Prove, ajuste, corrija e refine até obter o resultado ideal.
9. Use-o apenas para churrasco
Isso não é um erro técnico, mas é uma limitação desnecessária. O chimichurri pode animar batatas assadas, burrata, torradas com ovos ou até mesmo uma salada de legumes. Ter um pote na geladeira e usá-lo além das costelas é simplesmente tirar proveito de um molho que pode dar personalidade até mesmo ao prato mais simples.
E quanto a você?
Você tem sua própria receita de chimichurri? Você acrescenta seu próprio toque secreto ou prefere ficar com a versão clássica? Algum desses erros já aconteceu com você (e você confessa)? Diga-nos: como você o prepara? Nós leremos você nos comentários. Porque, no fim das contas, todo chimichurri tem uma história... e nós queremos saber a sua.
