Zinco na dieta: funções, fontes e risco de deficiência

quarta 18 junho 2025 10:50 - Adèle Peyches
Zinco na dieta: funções, fontes e risco de deficiência

Ele não aparece nas manchetes como a vitamina C, nem é objeto de tendências alimentares como o magnésio, mas o zinco é, no entanto, uma peça fundamental para a nossa saúde.

Pele, imunidade, cura, fertilidade... esse mineral está envolvido em uma série de funções essenciais.

Então, para que ele é realmente usado? Onde podemos encontrá-lo em nossos alimentos? E como é possível detectar uma escassez? Vamos dar uma olhada simples na situação, sem nos preocuparmos com ele (ou com o zinco).


Para que o zinco é usado no corpo?

O zinco é um oligoelemento, ou seja, um nutriente de que o corpo precisa em quantidades muito pequenas... mas que desempenha várias funções importantes:

  • Suporte à imunidade: ajuda a ativar determinadas células imunológicas, principalmente em caso de infecção ou vírus (fonte: EFSA Journal, 2014)
  • Cicatrização de feridas: está envolvido no reparo de tecidos e na divisão celular
  • Saúde da pele e dos cabelos: está envolvida na produção de queratina e na renovação celular
  • Função enzimática: mais de 300 enzimas do corpo dependem dele!
  • Fertilidade masculina: desempenha um papel na qualidade do esperma
  • Funções cognitivas: memória, aprendizado, humor... o cérebro adora o zinco

Onde posso encontrar zinco nos alimentos?

O zinco está escondido em muitos alimentos, tanto de origem animal quanto vegetal. Aqui estão alguns para você escolher:

As melhores fontes animais:

  • Ostras (campeãs absolutas!)
  • Carne bovina, vitela
  • Fígado de aves
  • Gema de ovo
  • Queijo (parmesão, gruyère)

Boas fontes vegetais:

  • Sementes de abóbora
  • Castanhas de caju, amêndoas
  • Leguminosas (lentilhas, grão-de-bico, feijão)
  • Pão integral, cereais integrais
  • Chocolate amargo (sim, nós dissemos chocolate)

Aviso: o zinco vegetal é menos bem absorvido pelo organismo devido aos fitatos (presentes em cereais integrais, legumes etc.). Dica: deixe os grãos e legumes de molho antes do cozimento para melhorar a biodisponibilidade.

Quais são os sinais de deficiência de zinco?

A deficiência pode se manifestar de forma insidiosa. Aqui estão os sinais mais comuns

  • Infecções frequentes, fadiga
  • Cabelos quebradiços, unhas enrugadas
  • Pele seca, cicatrização lenta
  • Problemas de paladar ou olfato
  • Diminuição da libido, problemas de fertilidade

Algumas pessoas correm mais risco:

  • Vegetarianos/vegetarianos
  • Mulheres grávidas ou que estejam amamentando
  • Idosos
  • Doenças inflamatórias crônicas do intestino (Crohn, UC, etc.)

Nesses casos, pode ser necessária a supervisão médica ou a suplementação supervisionada.

Fonte: ANSES - Recommended Dietary Allowances, 2021; Harvard T.H. Chan School of Public Health

E quanto aos suplementos?

Eles nem sempre são necessários. Uma dieta variada geralmente é suficiente para cobrir as necessidades (cerca de 10 mg/dia para um adulto).

Mas, no caso de uma deficiência diagnosticada ou de uma necessidade maior (gravidez, convalescença), pode ser considerada a ingestão de suplementos de zinco (gluconato, picolinato, citrato etc.), sempre sob orientação médica.

Cuidado com o excesso! O excesso de zinco pode interferir na absorção de cobre e ferro e enfraquecer o sistema imunológico.

Resumindo: zinco, pequeno, mas forte

Discreto, mas crucial, o zinco é um verdadeiro pilar da nossa saúde cotidiana. Ele aumenta nossas defesas, cuida de nossa pele, apoia a fertilidade e a regeneração celular.

Não há necessidade de gastar muito com suplementos a qualquer preço: um prato bem pensado, um pouco de variedade, algumas sementes aqui, alguns ovos ali... e pronto!

Adèle PeychesAdèle Peyches
Responsável editorial da versão francesa que mal pode esperar o inverno para comer fondue! Apaixonada por gastronomia e sempre em busca de novas pérolas culinárias, primeiro estudei direito antes de voltar ao meu primeiro amor: o sabor dos bons produtos e o prazer de compartilhar à mesa :)