1. O PAPEL CRUCIAL DA FIBRA
As bactérias benéficas no intestino geralmente usam a fibra como fonte de energia. Estudos recentes destacaram que uma dieta rica em fibras apoia a diversidade e o crescimento dessas bactérias(Desai et al., 2016; Makki et al., 2018).
Inclua alimentos ricos em fibras, como:
- Vegetais: aspargos, alcachofras, cebolas, alho-poró, alho, brócolis, espinafre.
- Frutas: bananas, maçãs, peras, bagas
- Leguminosas: lentilhas, grão-de-bico, feijão
- Grãos integrais: aveia, arroz integral, quinoa
- Nozes e sementes: amêndoas, chia, linhaça
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda uma ingestão mínima de 25 gramas de fibra por dia para adultos com uma dieta saudável, embora sugira que uma ingestão mais alta, de 25 a 30 gramas por dia, possa proporcionar benefícios adicionais à saúde.
2. ALIMENTOS FERMENTADOS (PROBIÓTICOS NATURAIS)
Os alimentos fermentados contêm comunidades de bactérias e leveduras que podem ajudar a repor as espécies benéficas no intestino. Embora as evidências ainda sejam limitadas, esses alimentos podem complementar a dieta em períodos de recuperação. como kimchi, kefir, iogurte ou iogurte.
Inclua alimentos fermentados, como:
- Iogurte simples sem açúcar
- Kefir
- Chucrute, kimchi e picles fermentados naturalmente
- Miso e tempeh
- Kombucha
3. ALIMENTOS COM COMPONENTES BIOATIVOS
Os alimentos com componentes bioativos são aqueles que, além de seu valor nutricional, têm efeitos benéficos para a saúde.
Eles incluem alimentos anti-inflamatórios e ricos em polifenóis, como:
- Chá verde e chá preto
- Cacau puro (>85% de cacau)
- Azeite de oliva extra virgem
- Frutas vermelhas, uvas e frutas cítricas
- Especiarias como açafrão-da-terra e gengibre
4. O DEBATE SOBRE O USO DE PROBIÓTICOS
Há mais de uma década, acreditava-se que os suplementos probióticos poderiam ajudar a atenuar os efeitos colaterais, como diarreia e cólicas induzidas por antibióticos. Entretanto, pesquisas mais recentes questionaram essa estratégia. Estudos atuais sugerem que a administração de probióticos pode não promover a recuperação do microbioma e, em alguns casos, pode até atrasá-la. A hipótese é que, ao introduzir um grupo limitado de espécies bacterianas, elas podem competir com as bactérias nativas por espaço e nutrientes, até mesmo produzindo substâncias que inibem o crescimento das últimas (Suez et al., 2018).
Os probióticos provavelmente não causam danos, mas também não garantem a recuperação total do microbioma como era antes do tratamento.
* Como sempre, antes de fazer mudanças significativas na dieta ou iniciar o uso de suplementos, é essencial consultar um profissional de saúde que possa lhe dar orientação personalizada.