Como acertar nas quantidades da ceia e evitar o clássico combo: comida demais, vergonha e desperdício
Ceia marcada, lista de compras em mãos e aquele dilema inevitável: quanto de comida realmente precisa? Ninguém quer ver o tender acabar antes do primo chegar, nem passar os primeiros dias de janeiro inventando receitas com rabanada velha.
A boa notícia é que dá pra planejar comida suficiente, bonita e generosa, sem exageros, sem restos eternos, e o mais importante: sem passar vergonha com falta nem bancar o exagerado da família.
O segredo está nas contas simples
Antes de tudo, defina quantas pessoas vão comer e se haverá repetição ou não (sim, isso muda tudo). Com isso em mente, use essas médias por pessoa:
Carnes e proteínas
- Carne com osso (peru, frango, pernil): 300 g por pessoa
- Carne sem osso (lombo, tender, filé): 200 g por pessoa
- Bacalhau: 250 g por pessoa (desfiado)
DICA: Sirva dois tipos de proteína? Reduza cada porção para 150 g
Arroz, farofa, salpicão, maionese
- Arroz: ½ xícara (cru) por pessoa
- Farofa: 100 g por pessoa
- Maionese ou salpicão: 150 g por pessoa
DICA: Evite exageros — esses acompanhamentos costumam sobrar muito
Saladas e entradas
- Folhas verdes: 50 g por pessoa
- Entradas (tábua de frios, petiscos): 150–200 g por pessoa
DICA: Se houver petiscos + salada + prato quente, ajuste tudo pra baixo
Sobremesas
- Sobremesa única: 150 g por pessoa
- Várias opções: 80–100 g de cada por pessoa
DICA: Rabanada e pudim costumam sobrar menos. Frutas e mousses, mais.
Bebidas
- Refrigerante ou suco: 500 ml por pessoa
- Espumante/vinho: 1 garrafa para cada 2 a 3 pessoas
- Água: sempre tenha, mesmo se ninguém pedir
Dicas extras pra acertar na medida
- Evite “um pouco de tudo” pra todos — pense no que costuma sair mais
- Considere o tempo da ceia: se for tarde, as pessoas comem menos
- Pense no público — jovens adultos comem mais que idosos ou crianças
- Não sirva tudo de uma vez — distribua aos poucos e evite pratos cheios esquecidos na mesa
- Use travessas menores e reponha aos poucos — isso reduz o desperdício visual e real
E se sobrar?
Planeje receitas com reaproveitamento: arroz de forno, tortas salgadas, sanduíches com tender, bolinhos de rabanada, pudim congelado... Sobras não são problema quando viram pratos diferentes e práticos no dia seguinte.
Planejar bem é um ato de carinho
Mais do que evitar desperdício, calcular bem a ceia mostra cuidado com quem vai comer — e com o que você está preparando. É sobre equilíbrio: comida suficiente, saborosa, acolhedora e sem exageros que viram culpa depois.
Uma ceia organizada é mais tranquila, mais gostosa e, principalmente, mais lembrada pelos bons momentos do que pelo excesso (ou pela falta).
Mirella Mendonça
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