A verdade por trás de 6 alimentos que você come sem imaginar o que eles escondem

Thursday 3 July 2025 15:29 - Eva Alberghetti
A verdade por trás de 6 alimentos que você come sem imaginar o que eles escondem

Todos os dias abrimos a despensa ou a geladeira sem pensar muito, mas alguns dos alimentos mais comuns escondem histórias surpreendentes que muitas vezes são esquecidas ou completamente desconhecidas. Nesta jornada pela ciência, história e cultura, revelamos as origens fascinantes de 6 alimentos do cotidiano.

Uma jornada por curiosidades e verdades inesperadas que mostra como os alimentos são muito mais do que apenas nutrição. Se você adora descobrir o lado oculto das coisas cotidianas, prepare-se para olhar para a sua cozinha com outros olhos.


1. Bananas: a... fruta levemente radioativa

As bananas contêm potássio, um mineral essencial para o nosso corpo. Entretanto, uma quantidade muito pequena é de potássio-40, um isótopo radioativo que ocorre naturalmente. Obviamente, a dose é infinitesimal e absolutamente inofensiva, mas, tecnicamente, se acumulássemos bananas suficientes, poderíamos atingir um limite mensurável de radioatividade. Entretanto, essa característica inspirou uma unidade de medida informal: a "dose equivalente de banana", usada para explicar o conceito de radioatividade de forma acessível.

Fato: para atingir uma dose de radiação efetivamente prejudicial, seria necessário comer mais de 10 milhões de bananas de uma só vez!

2. Cenouras: de roxo para laranja por motivos políticos

As cenouras nem sempre foram laranjas. Originalmente, as cenouras eram roxas, amarelas ou brancas. A cor laranja só apareceu no século XVII, na Holanda, como uma homenagem à Casa de Orange, a família real holandesa. Os agricultores começaram a selecionar e cultivar apenas cenouras alaranjadas por patriotismo e, a partir daí, elas se tornaram o padrão mundial.

Curiosidade: As cenouras roxas estão voltando à moda devido ao seu alto teor de antocianinas, pigmentos vegetais com poderosas propriedades antioxidantes.

3. Ketchup: um remédio do passado

Hoje, o ketchup é onipresente em batatas fritas, hambúrgueres e cachorros-quentes, mas suas origens são muito mais... terapêuticas. As primeiras versões datam do século XVII e não continham tomates: eram molhos fermentados à base de peixe, populares na Ásia. Em 1834, o médico americano John Cook Bennett fez propaganda do ketchup de tomate como remédio para indigestão e problemas gastrointestinais. Ele até promoveu pílulas à base de ketchup, alegando seus benefícios digestivos.

Curiosidade: Foi somente no final do século XIX que o ketchup adquiriu o sabor doce e picante que conhecemos hoje, graças à adição de açúcar e vinagre.

4. Chocolate: moeda preciosa e bebida sagrada

Para os maias e astecas, o cacau não era um doce, mas uma moeda (mais valiosa que o ouro) e uma bebida ritual. Os grãos de cacau eram usados para pagar impostos ou salários, e a bebida amarga e picante (chilli) era reservada para guerreiros e nobres. Somente após sua chegada à Europa é que foi adoçado com açúcar e leite, tornando-se o chocolate que conhecemos hoje.

Curiosidade: Os astecas consideravam o cacau uma dádiva dos deuses e até o usavam em cerimônias religiosas e de casamento.

5. Macarrão: os buracos têm um propósito

A Itália possui mais de 350 formatos diferentes de massa, e cada um deles tem uma função específica: o formato da massa (e, em particular, seus furos) é projetado para combinar com o tipo de molho.

  • O rigatoni retém melhor os molhos espessos graças às suas listras externas.
  • O Bucatini, com seu orifício central, acomoda molhos líquidos, como o all'amatriciana.
  • Os ditalini são usados em sopas porque não se agitam facilmente.

Curiosidade: o Imbutini, criado em 2013 em Ozzano dell'Emilia, tem um formato que lembra um funil. Essa estrutura particular permite que eles segurem o molho de maneira uniforme, tornando-os ideais para molhos espessos.

6. Chips: nascido da vingança (bem-sucedida)

As batatas fritas finas, crocantes e ensacadas não surgiram por acaso. Diz a lenda que, em 1853, um cliente de um restaurante em Saratoga Springs (Nova York) reclamou que as batatas servidas eram muito grossas. O chefe de cozinha, George Crum, por maldade, cortou as batatas em fatias muito finas e as fritou até ficarem crocantes. O resultado? Inesperadamente, o cliente ficou encantado e as "Saratoga Chips" logo se tornaram um fenômeno gastronômico que deu origem a um setor multibilionário.

Curiosidade: Os primeiros pacotes de batatas fritas eram vendidos em latas, antes de mudarem para sacos.

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